A Vale rebateu nesta terça-feira (12) as informações de que laudos indicavam que havia risco de rompimento na Barragem de Brumadinho, na Grande Belo Horizonte. Em entrevista coletiva na sede da empresa, no Rio, executivos disseram que os relatórios não indicavam o risco iminente e a barragem estava “estável”. A tragédia deixou pelo menos 165 pessoas mortas e 155 ainda estão desaparecidas.
“Tínhamos laudos de estabilidade que indicavam claramente que não existia risco iminente na barragem, que a barragem estava estável. Não teve nenhum sintoma de problemas e não teve subida de nível, então, automaticamente, você não teve qualquer indicação de ação necessária”, disse o gerente-executivo de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos e Carvão, Lúcio Cavalli, que concedeu entrevista ao lado do diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores, Luciano Siani Pires.
Sobre a informação de que uma troca de e-mails indicou que Vale soube de problemas em sensores de Brumadinho dois dias antes do rompimento de barragem, Luciano disse que ela não procede.
“Os técnicos verificaram que 46 medidores de água funcionaram corretamente. E que não encontraram aumento no número de água. O objeto da troca de e-mails foi que a visualização desses instrumentos que estão em campo nos computadores do sistema centralizado estavam apresentando incorreções”, explicou.